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Sentença e execução de Tiradentes

Joaquim Norberto de Souza passou treze anos debruçado sobre os documentos que havia descoberto no final de 1860.



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Conjuração Mineira


Quando lançou História da Conjuração Mineira, baseado nos Autos da Devassa, concluiu que Tiradentes havia desempenhado apenas um papel secundário no episódio e que sofrera uma verdadeira “lavagem cerebral” na prisão. “Prenderam um patriota, executaram um frade”.

Graças ao notório empenho dos frades franciscanos para a conversão, o mais eloqüente defensor da Independência de Minas Gerais, acabou substituindo o ardor patriótico pelo fervor religioso. Mas o comportamento ético que manteve durante os três longos anos da Devassa, atraindo toda a responsabilidade pelos rumos do movimento para si mesmo, fez dele, sem dúvida, a maior figura da, assim chamada, Inconfidência Mineira.

Ainda que a participação de Tiradentes na trama esteja envolta em cerrado mistério, mesmo que não tenha passado de um mero coadjuvante, transformado em bode expiatório para salvar cabeças consideradas mais nobres, a frase dita a seu padre confessor, Raimundo Penaforte, dá uma boa idéia de sua real dimensão humana e histórica. Quando soube que dez outros conjurados também haviam sido condenados à morte, o inquebrantável Alferes declarou: “Se dez vidas eu tivesse, dez vidas daria para salva-los”.

Algumas horas depois, no entanto, uma carta de clemência de D. Maria I, rainha de Portugal, alterava todas as sentenças para degredo, com uma única exceção para o réu conhecido como Tiradentes.

Assim, às 2 horas da manhã de 19 de abril de 1792, foi pronunciada a sentença do Alferes Joaquim José da Silva Xavier:


Sentença de Joaquim José da Silva Xavier

“Pelo abominável intento de conduzir os povos da capitania de Minas a uma rebelião, os juizes deste tribunal condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da capitania de Minas, a que com baraço e pregão, seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde em o lugar mais publico dela, será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma; e o seu corpo será dividido em quatro quartos e pregado em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve suas infames práticas, e os mais, nos sítios de maiores povoações, até que o tempo também os consuma; Declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo os seus bens aplicados para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica, será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e no mesmo chão se erguerá um padrão, pelo qual se conserve a memória desse abominável réu”.

Na manhã de sábado, 21 de abril, Tiradentes foi levado em procissão pelas ruas do centro do Rio de Janeiro, num grandioso espetáculo, para deixar gravada na memória da colônia, uma inegável demonstração de força da Coroa portuguesa.

O cortejo macabro desfilou, entre a cadeia pública e o largo da Lampadosa, onde fora armado um elevadíssimo patíbulo de 24 degraus, com a cavalaria e suas fanfarras à frente, os cavaleiros em fardamentos de gala, os cavalos com fitas coloridas, seguidos por toda a tropa local e várias irmandades do clero, devidamente paramentadas, badalando sinos e rezando salmos.

A leitura da sentença se estendeu por um longo tempo, e, após discursos de aclamação à rainha, Tiradentes foi executado na forca descomunal. Com seu próprio sangue lavrou-se a certidão de que estava cumprida a sentença.

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