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Histórias de um Brasil Brasileiro
Há três cartas históricas que todos devem conhecer. Uma delas, considerada a Certidão de Nascimento do país, é mais famosa, as outras duas nem tanto, embora sejam de fundamental importância para entender melhor o nosso Brasil Brasileiro.
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Três cartas brasileiras
Um dos mais célebres documentos de nossa História é a Carta de Pero Vaz de Caminha endereçada ao Rei de Portugal, Dom Manuel (o Venturoso). Batizada pelo historiador brasileiro Capistrano de Abreu como a Certidão de Nascimento do Brasil, a prolixa e luxuriante postagem de Caminha, iniciada aos 25 de abril e concluída no dia 1º de maio de 1500, ficou perdida por quase três séculos, até ser redescoberta, em 19 de fevereiro de 1773, por José Seabra da Silva, guarda-mor do Arquivo da Torre do Tombo, em Lisboa.
A missiva original só veio a público, com seu teor integral, em 1853, pois, numa edição anterior, de 1817, o padre Manuel Aires do Casal, responsável pela publicação, decidiu mutilar o documento histórico, censurando "trechos menos conformes com o decoro". Leia a Carta de Pero Vaz de Caminha >
Uma carta pouco conhecida, no entanto, a de Mestre João, cientista que acompanhava a expedição de Pedro Álvares Cabral, tem valor inestimável para o esclarecimento da verdadeira paternidade do achamento do Brasil. Corresponde, por assim dizer, a uma espécie de exame de DNA, indicando que há 99% de probabilidade de Cabral não ser o legítimo pai da criança.
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Lagoinha – Ceará
Foto Christian Knepper – Embratur
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Este crucial documento, arquivado na mesma Torre do Tombo, em Portugal, foi ali encontrado por um dos maiores historiadores brasileiros, Francisco Adolfo de Varnhagen, que o publicou pela primeira vez em 1834.
Lendo a carta de Mestre João, fica evidente que a descoberta do Brasil não foi casual, e é anterior aos 22 de abril de 1500. Leia a Carta de Mestre João >
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Em 1954, encurralado por seus adversários políticos, o presidente Getúlio Vargas convocou o ministério para discutir a situação do governo. A reunião ministerial, que teve início às três horas da madrugada de 24 de agosto, no Palácio do Catete, acabou por concluir que a melhor saída seria o licenciamento de Getúlio ao cargo de presidente da república.
Os militares oposicionistas, no entanto, insistiram no afastamento definitivo e a notícia do ultimato final chegou ao Catete às sete horas da manhã. Minutos depois, Getúlio disparou um tiro fatal no coração. Em uma contundente Carta Testamento, o presidente acusava “as forças e os interesses contra o povo” como os responsáveis por seu suicídio.
Antes das nove horas da manhã, a mensagem póstuma começou a ser irradiada para todo o país, levando um imenso contingente da população às ruas. Com esse documento histórico, Getúlio sepultou o iminente golpe militar e nocauteou, ainda que momentaneamente, seus inimigos políticos. Leia a Carta Testamento de Getúlio Vargas > |
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Abrolhos - Bahia - Foto:Embratur
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