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Tiradentes – um herói sem rosto

Considerado o maior Herói Nacional, com o nome inscrito em primeiro lugar no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, Tiradentes é um mistério quase completo.




O Alferes Tiradentes – Óleo de Washington Rodrigues


Do Patrono Cívico do Brasil, cuja data da morte, em 21 de abril, foi transformada em feriado nacional, nem o dia do nascimento é conhecido. Sabe-se apenas que Joaquim José da Silva Xavier nasceu na Fazenda do Pombal, em Vila de São José do Rio Mortes, atual cidade de Tiradentes, em Minas Gerais, tendo sido batizado em 12 de novembro de 1746.
O verdadeiro rosto desse grande herói brasileiro ninguém conhece. Sua face mítica, reproduzida em praticamente todos os livros de História do Brasil, foi construída cerca de um século após sua morte, no alvorecer da República. Conforme Joaquim Norberto de Souza, descobridor dos Autos da Devassa, escreveu, em 23 de novembro de 1860: “Pensou-se por muito tempo não só na Europa como entre nós, que a malograda conjuração de Minas Gerais do ano de 1789 não passara de uma invenção do governo colonial..."

Os defensores da República precisavam de um símbolo forte para a instauração do novo regime, em contraponto à monarquia, e a convicção republicana de Tiradentes parecia incontestável, sem falar no grande apelo popular que as semelhanças entre o seu martírio e a Paixão de Cristo suscitavam naturalmente. Até mesmo um falso apóstolo o havia traído por trinta dinheiros, como Judas, e um outro, após a prisão, o renegara, como Pedro.

Embora estivesse com a barba e a cabeça raspadas, como era costume à época da prisão e do enforcamento, diversos pintores começaram a retratar Tiradentes com as feições de um Jesus brasileiro, vestido com uma imaculada túnica branca. Na tela de Pedro Américo, Tiradentes Esquartejado, de 1893, não falta nem mesmo um grande crucifixo, ao lado da cabeça degolada.

Nessa ressurreição cívica, a biografia de Joaquim José da Silva Xavier foi sendo composta ao sabor das paixões e necessidades políticas, sem maior compromisso com a veracidade. Parece, no entanto, que, aos onze anos, com a morte prematura dos pais e a perda dos bens da família por causa de dívidas, teria ficado sob a tutela de um padrinho, chamado Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião dentista.

Aprendeu noções práticas de cirurgia e odontologia e começou a ajudar o padrinho no trabalho, ficando conhecido na Vila de São José Del Rei com a alcunha de Tiradentes. Não fez estudos regulares e trabalhou também como tropeiro, mascate e minerador. Em 1775, alistou-se na 6ª Companhia de Dragões da Capitania de Minas Gerais, onde se tornou Alferes, posto correspondente ao de Segundo Tenente.




O Tiradentes de Pedro Américo

O Tiradentes de Leopoldino Faria



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Em 1781, passou a comandar a patrulha do Caminho Novo, estrada que ligava Minas ao Rio de Janeiro e servia para escoar a produção de ouro até a capital da colônia. Com o tempo, fez amizades em várias localidades ao longo da estrada e ficou bastante popular. Em Vila Rica, atual Ouro Preto, começou a participar da Conjuração Mineira, um grupo de conspiradores, descontentes com os desmandos da Coroa.

Deste grupo faziam parte pessoas de grande projeção em Minas Gerais. Pelos planos traçados, caberia a Tiradentes prender o Governador, Visconde de Barbacena, e despertar Vila Rica sob gritos de Liberdade. A Conjuração, no entanto, foi delatada antes mesmo de sua deflagração, e todos os assim chamados inconfidentes presos, à exceção do Alferes, que havia ido buscar apoio para a causa no Rio de Janeiro.

Saiba mais sobre a Conjuração Mineira
Veja os detalhes da sentença e execução de Tiradentes

No dia 10 de maio de 1789, Tiradentes foi preso, ficando incomunicável por aproximadamente três anos, período em que só foi visitado por seu confessor, o padre Raimundo Penaforte. A princípio, o Alferes negou sua participação, mas, depois, foi o único a assumir toda a responsabilidade pela Inconfidência, inocentando seus companheiros. Em parte por isso, e também por sua posição social mais baixa, em relação aos demais réus arrolados nos Autos da Devassa, Tiradentes não foi o único a pagar com a vida “pelo abominável intento de conduzir os povos da capitania de Minas a uma rebelião”. Mas acabou sendo o único a ser executado em praça pública, após uma longa e macabra via crucis, no dia 21 de abril de 1792.




O Tiradentes de Pedro Américo
O Tiradentes de Pedro Américo

 

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